Notibras

PT, na versão tucana. Epíteto de mentiras que teme perda do poder

Depois de ter sido atacado pelo ex-presidente Lula, pela presidente Dilma e por dirigentes do PT em evento do partido que confirmou o ex-ministro Fernando Pimentel como candidato ao governo de Minas Gerais, na noite de sexta-feira, o PSDB-MG divulgou nota neste sábado na qual afirma que os petistas repetem “o desrespeito e o desconhecimento” sobre os assuntos do Estado e que o partido “de novo recorre a mentiras e foge das explicações que deve aos mineiros”. Confirmado como candidato, Pimentel enfrentará o tucano Pimenta da Veiga na disputa pelo governo do Estado.

Lula disse que a chance de a presidente Dilma ser reeleita é de 99,9% e mandou recados aos adversários, a quem chamou de raivosos. Ele atacou o partido rival, na figura do senador Aécio Neves, principal opositor da presidente Dilma. O ex-presidente chegou a afirmar que a única obra de infraestrutura que Aécio fez desde que assumiu o comando do Estado em 2003 foi a Cidade Administrativa, sede do governo de MG.

Na nota divulgada à imprensa, o PSDB rebate dizendo que a construção da Cidade Administrativa foi responsável pelo desenvolvimento de todo o Vetor Norte da Região Metropolitana. “Obra feita no prazo e no custo previsto, façanha que, em 12 anos o governo federal petista não conseguiu realizar com nenhuma das promessas que fez para o Estado, como a expansão do metrô de Belo Horizonte e a duplicação da rodovia BR 381”.

Os tucanos enumeram ainda as obras e ações do governo mineiro e questionam o ex-presidente sobre obras que ele e Dilma Rousseff prometeram e não foram concluídas. Para Lula, Dilma e Pimentel, o motivo das obras não terem sido realizadas é a falta dos projetos técnicos, que são de responsabilidade do governo estadual: “eles ignoram que, nas sucessivas gestões do PSDB, entre 2003 e 2014, foram realizadas obras e transformações que chamam a atenção de todo o País. Para ficar em apenas alguns poucos exemplos, foram asfaltados os acessos a mais de 200 municípios que não tinham esse benefício, e o telefone celular chegou à sede de mais de 400 cidades onde não havia o serviço. O próprio governo federal reconhece que Minas tem a melhor educação fundamental do País e o melhor sistema de saúde púbica da região Sudeste. O IDH de Minas passou de médio para alto”, responderam.

“A comitiva presidencial poderia ter conhecido um pouco do trabalho do PSDB no Estado, como a MG 050 duplicada, a nova avenida Antônio Carlos ou o maior conjunto cultural do País instalado na praça da Liberdade. No mais, os petistas fogem do acerto de contas com os mineiros. Poderiam ter aproveitado para responder a três simples questões. 1. Presidente Lula, o senhor declarou em 2003 que o metrô de BH, que é de responsabilidade federal, seria prioridade. Doze anos depois, nenhum metro foi feito. Para ajudar o governo federal, o governo do Estado fez os projetos. Com os projetos prontos, o governo federal encontra outra desculpa pra não fazer as obras. Presidente, por que o senhor não cumpriu a sua palavra? 2. Presidente Dilma, quando o presidente Lula editou a Medida Provisória que tirou a nova fábrica da Fiat de Minas, levando-a para Pernambuco, deixando o Estado sem milhares de empregos de qualidade, a senhora ficou calada. Quando o Congresso Nacional aprovou Projeto de Lei dando os mesmos benefícios oferecidos a Pernambuco aos municípios mineiros da Sudene, a senhora pessoalmente vetou. O PAC das cidades históricas, que a senhora lançou pela quarta vez no ano passado e que foi inclusive motivo de piada por todo o País, mais uma vez não saiu do papel. As promessas feitas em 2010 aos mineiros não foram cumpridas. Por que a senhora governa o País de costas para Minas? 3. Ex-ministro Pimentel, o senhor estava no ministério e nenhum assunto relevante de Minas foi resolvido. O senhor escandalizou o Brasil ao decretar sigilo sobre os incentivos concedidos pelo Brasil a Cuba. Por quê?” questionaram.

Para o PSDB, a presidente Dilma “mais uma vez, zomba da inteligência e da memória dos mineiros”, quando afirma que voltou a Minas Gerais como presidente e “não de mãos vazias”, 45 anos após ter deixado o Estado perseguida pela Ditadura Militar.

 

Sair da versão mobile