A Rússia voltou a defender neste sábado, 30, a presença de seus militares enviados nos últimos dias para a Venezuela e recomendou que o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, deixe de “ameaçar” o país caribenho, que passa por uma profunda crise política e social.
“Nós recomendamos aos Estados Unidos que deixem de ameaçar a Venezuela, de asfixiar sua economia e de empurrar o país para uma guerra civil ao violar abertamente o direito internacional”, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em comunicado emitido por determinação do presidente Vladimir Putin.
“Fazemos um chamado a todas as forças políticas venezuelanas que coloquem os interesses de sua pátria acima de suas próprias ambições para dialogar”, completou Maria.
Os EUA advertiram a Rússia na sexta-feira contra o envio de militares para a Venezuela em apoio ao presidente Nicolás Maduro, considerando essas ações uma “provocação” e reafirmando sua determinação de defender seus interesses e de seus parceiros na região.
“A Rússia indicou claramente o objetivo da ida de especialistas para Caracas. Trata-se de um ‘contingente militar'”, respondeu, ainda na sexta, a porta-voz de Moscou.
O Kremlin pediu nesta semana que Trump não interfira nos assuntos bilaterais entre Venezuela e Rússia, afirmando que os russos atuam dentro do marco de acordos e contratos firmados por Moscou e Caracas.
A Rússia e a Venezuela assinaram em 2011 um acordo de cooperação militar que prevê a venda de armamento russo a Caracas financiados por uma linha de crédito aberta por Putin para o chavismo.