Quando a noite cai, solto a voz. ‘Eu sou, eu existo, eu sou a minha felicidade’

A existência precede a essência,
Dizem os sábios, com paixão ardente,
Eu sou minha própria criadora,
Meu destino, uma obra de arte recente;

Na solidão do universo vasto,
Eu busco significado, um fio de luminosidade,
A angústia da escolha, a dor da dúvida,
São marcas da minha humanidade;

Mas ainda assim, na minha complexa escolha,
Mesmo que o sentido se disfarce na imaginação,
Eu crio, eu vivo, eu sinto, eu sou,
No presente, em minha detalhada inspiração;

E quando a noite cai,
E as sombras me cercam de ambiguidades,
Eu encontro forças para dizer:
“Eu sou, eu existo, eu sou a minha felicidade.”

E na luz do amanhã,
Eu renascerei, livre e serena,
Com a certeza de que sou,
Arquiteta da minha própria essência.