Hino ao Absurdo
Quando eles cantam sem noção e o vento leva sua canção
Publicado
emEm um mundo de paradoxos e desvarios,
Onde o absurdo dança com a razão,
E o senso comum se perde nos fios,
Da teia que tece nossa confusão.
Lá estão eles, os cantores do pneu,
Com vozes afinadas, mas sem noção,
Entoando o hino com fervor e breu,
Enquanto o vento leva sua canção.
Na praça, em frente ao quartel,
Eles clamam pedindo intervenção,
Como se generais fossem seus amores,
E a democracia, fosse o bicho-papão;
E lá no céu, os extraterrestres riem,
Observando nossa insanidade sem fim,
Pensando: “Será que eles nunca aprendem?”
Enquanto cuidam de seu próprio jardim.
E em Brasília, o golpe se desenha,
Traçado por mãos trêmulas e indolentes,
Mas a cidade resiste, firme e digna,
Pois a esperança é mais forte,
Do que os golpistas doentes.
Assim, nesse poema absurdo e real,
Escrevo sobre as loucuras que nos fazem mal,
E torço para que um dia, afinal,
A razão prevaleça sobre o vendaval.