‘Quando meus lábios chamarem, venha calmo e sereno…’

Eu, que te conheço há tantas madrugadas,
Estou feliz por você sentir coisas que afirmo serem tão bonitas,
Aquelas que chegam aos meus versos e à minha poesia.
No centro do meu peito, plantei meu jardim.

Você é meu plantio tentador e apaixonado,
Aquele entre tantas flores e fragrâncias.
É a rosa que minha lenta ilusão desfolha,
Causando, em meu livre-arbítrio, uma terna insônia.
E, na minha boca intrépida, a suavidade que meu sonho absorve.

É assim que chega rápido
O mel que suas pétalas escondem
E o pólen que provoca uma devassidão louca em meu ser.
Curioso êxtase que pretende fazer com que os sonhos tenham
Breve trégua e doce sono, entre o seu solstício e o meu equinócio.

Bem-vindo!
Sua ousadia é deliciosa,
Porque meu coração despertou em boa hora.
A expressão cautelosa que professa ou silencia,
Onde os culpados diretos são o tempo e a distância.

Há muito tempo sei, acompanho, procuro e te digo
Esses pensamentos e sentimentos agradáveis,
Aqueles que aumentam o tormento dia após dia, tornando-me uma alma
dilacerada.

Não se sinta magoado ou ofendido,
Nem expresse lamentáveis desgraças de dor.
Estou aqui como você quer e eu sonho.
Bane essa indiferença,
Abra as portas para mim toda vez que eu bater e sinta minha presença.

Meus escritos são paixão e êxtase, carregam amor e ternura.
Eles estão bem certos e mantêm o destino até teu coração.
São livres, carregam calor e magia,
Correm entre lágrimas e soluços, como as águas do rio,
E descansam nas ondas suaves,
Que dormem ainda nas margens do teu olhar.

Quando meus lábios chamarem, venha calmo e sereno,
Pois você sempre ouvirá minha voz sussurrando em seus ouvidos,
E o eco da minha voz tilintando em seus sentidos,
Para que seus batimentos cardíacos dancem ao ritmo dos meus versos
E no calor do mistério que envolve meu amor.