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Quartéis em rota de colisão com o grupo palaciano

Os quartéis, e as bases aéreas e navais estão em rebuliço. Seus comandantes fazem ver à tropa que os generais com assento no Palácio do Planalto não falam em nome das Forças Armadas quando demonstram apoio total e irrestrito ao presidente Jair Bolsonaro.

Como, pelo regimento interno, militares da ativa não podem se manifestar publicamente sobre questões políticas, oficiais-generais da reserva estão sendo escalados para confrontarem a ideia de usar o Artigo 142 da Constituição para pacificar (por meio de uma suposta intervenção do Exército) Executivo, Legislativo e Judiciário.

Sérgio Ferolla, brigadeiro que costuma reunir à sua volta generais e almirantes, acusa Bolsonaro de transformar a tropa do Planalto em acólitos, prestando um desserviço ao País e às próprias Forças Armadas. O general Santos Cruz, que foi ministro palaciano, vai na mesma direção. Segundo ele, os colegas de farda que ocupam cargos no governo devem vestir o pijama (ir para a reserva) evitando, assim, confundir Forças Armadas com bolsonarismo.

Para fechar o clima com chave de ouro, FHC, que já foi comandante-em-chefe das Forças Armadas, manda uma nota de rodapé: o Artigo 142 subordina as Força Armadas aos três poderes da República. Exercito, Marinha e Aeronáutica, diz o ex-presidente, não existem para tutelar, moderar ou intervir em conflitos entre Planalto, Congresso e Supremo.

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