Lá vem o Natal
Quase metade dos panetones é usada para presentear
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emEntre novembro de 2022 e janeiro de 2023, o panetone atingiu 54,3% de penetração dentro dos lares brasileiros – cerca de 33 milhões de domicílios – e teve 42,5 mil toneladas consumidas. Com isso, a indústria faturou R$ 725 milhões no período, fazendo com que a categoria retomasse os patamares pré-pandemia.
Os números fazem parte de uma pesquisa desenvolvida pela Kantar, a pedido da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), e contou com a participação de mais de 10 mil lares de oito localidades: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Leste e Interior do Rio de Janeiro, Grande Rio de Janeiro, Grande São Paulo, Interior de São Paulo e Sul.
No País, o panetone tradicional é o mais consumido, abocanhando 87,7% do total em volume. Dentro desse contexto, a versão de frutas é a favorita (passando de 43,1% em volume entre novembro de 2021 e janeiro de 2022 para 53,9% no período seguinte). Os produtos recheados, por sua vez, representam 12,1% do total em volume. Aqui, o tipo trufado é o mais relevante (33,7%), seguido pela versão recheada de chocolate (21,5%).
Outro destaque do estudo é que o panetone passou a ocupar o posto de “Presente de final de ano”. Isso porque cresceu 3,4% no período e já concentra 42% do volume de compras – o que representa cerca de um terço da produção. Para essa finalidade, pessoas que moram sozinhas e famílias monoparentais são os que mais vêm recebendo panetones de presente (32,9% e 34,5% em volume, respectivamente), e as gramaturas maiores, acima de 500 gramas, têm sido cada vez mais escolhidas, como os panetones com mais de 1Kg: 66,5% deles são destinados a presentes.
Para consumo próprio, entretanto, dois motivos principais levam o brasileiro a adquirir panetones: prazer (27,4% das ocasiões) e saborear algo diferente (20,1%).
Ainda é válido destacar que o panetone é, de forma geral, mais adquirido na Grande São Paulo (20,2% do volume de compras), no Nordeste (18,6%) e no Interior de São Paulo (16,6%). Já quando o assunto é presente, em específico, o item possui mais força nas regiões da Grande São Paulo (23,6% em volume de compras), do Interior de São Paulo (18,1%) e do Nordeste (16,4%).