Apesar da pequena melhora, o desemprego ainda atinge cerca de 13 milhões de brasileiros, o que acaba acarretando em um crescente número de inadimplentes, já que, sem renda fixa, fica difícil arcar com as dívidas. Além disso, outro motivo comum para o consumidor se afundar em dívidas é o descontrole financeiro, como as compras feitas por impulso.
Mas ainda resta uma boa notícia neste cenário: há diversas formas de negociar pagamentos e fugir da lista de inadimplentes, mas é preciso saber negociar e conhecer seus direitos e deveres.
Em primeiro lugar, o ideal é que o consumidor entre em contato com o credor. Dessa forma, eles poderão analisar juntos opções de parcelamento e formas de pagamento que caibam no orçamento. Não adianta tentar fazer um acordo com o credor sem antes pensar em uma proposta realista de como pagar a dívida.
Se há uma reserva financeira para quitar o valor total da dívida, essa é a oportunidade ideal para negociar um desconto. Para o credor, é sempre interessante receber o dinheiro de imediato. Por esse motivo, vale tentar uma redução da dívida ao quitá-la em uma única parcela.
Uma forma simples, prática e que tem crescido cada vez mais é a opção de negociação digital. Hoje existem softwares e sistemas de cobrança que realizam negociações 100% digitais.
Os softwares de cobrança virtual permitem ao inadimplente maior comodidade para lidar com essa situação constrangedora, oferecendo todas as ferramentas para que o responsável pela conta em atraso possa estar a par de suas pendências, analisar as opções de parcelamento, concluir o digitalmente.
Para José Moniz, especialista em serviços financeiros digitais, os processos desgastantes fazem com que o cliente deixe de consumir aquele produto ou serviço. “As soluções de cobrança digital com inteligência artificial aplicada estão aí para melhorar o relacionamento dos credores com seus devedores, promovendo uma experiência mais adequada para quem está negociando uma dívida”.
Qualquer dúvida que surja antes de fazer a proposta pode ser esclarecida em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. Vale também consultar cláusulas do contrato assinado no empréstimo ou financiamento. Além disso, é importante não deixar que as dívidas ultrapassarem 35% da renda mensal. Feita a negociação, o primeiro cuidado é evitar perder o controle das finanças mais uma vez.