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Rachadinhas em jogo

Quebras de sigilos de Flávio podem ir parar no Supremo

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O sorriso largo de palhaço com plateia cheia que o senador Flávio Bolsonaro esboçou no dia em que o Superior Tribunal de Justiça mandou trancar as investigações das rachadinhas, pode virar um sorriso amargo do mesmo palhaço, só que desta vez, sozinho no picadeiro do circo armado com a distribuição do vinde a mim o dinheiro dos meus assessores.

O caminho para isso foi aberto pelo Ministério Público Federal, que recorreu da decisão da Quinta Turma do STJ de anular as quebras de sigilo bancário e fiscal do 01 do presidente Jair Bolsonaro. Quando foram suspensas, no mês passado, as investigações caminhavam para atestar como verdadeiras as rachadinhas.

No recurso encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, a cúpula da Procuradoria-Geral da República quer que os ministros da Corte avaliem o caso e que tornem sem efeito o ato do STJ que tornou sem efeito as investigações feitas até agora,

O filho 01 de Bolsonaro foi denunciado pelo Ministério Público em novembro do ano passado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro junto com outras 16 pessoas após dois anos de investigação. Segundo os investigadores, Flávio era o líder de uma organização criminosa que desviava salários de funcionários de seu gabinete.

O recurso do MPF é o primeiro contra a decisão tomada por quatro votos favoráveis e um contrário dos ministros do STJ a favor da anulação das quebras de sigilo de Flávio Bolsonaro e dos outros investigados. O Ministério Público do Rio ainda estuda entrar com recurso próprio contra a decisão do STJ.

A Quinta Turma deve julgar outro recurso da defesa de Flávio Bolsonaro que pode enterrar a investigação das rachadinhas. Está prevista a pauta da sessão desta terça-feira (16) a análise de um pedido dos advogados para tornar nulas as decisões tomadas pelo juiz Flávio Itabaiana no caso. Foi ele quem determinou as quebras de sigilo bancário e fiscal do senador, as buscas e apreensões nas casas de ex-funcionários do político em dezembro de 2019 e junho de 2020, e a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz em julho de 2020.

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