A longa estiagem e a onda de queimadas que afetam o Brasil têm causado impactos severos na produção agrícola, resultando em quebra de safras e aumento nos preços dos alimentos.
A falta de chuvas, combinada com incêndios florestais em várias regiões, compromete a produtividade de diversas culturas, afetando tanto o mercado interno quanto as exportações.
Na Conab já se avalia que os produtos mais afetados são os indicados a seguir:
Soja: O Brasil, maior produtor mundial de soja, tem registrado uma queda significativa na produção devido à seca prolongada. Isso impacta tanto o mercado de óleo de soja quanto a ração animal.
Milho: O milho também foi fortemente afetado, especialmente em regiões do Centro-Oeste e Sul, onde a estiagem reduziu drasticamente a colheita, elevando os custos da cadeia de produção de carne, já que o grão é utilizado como ração.
Café: A produção de café, especialmente o arábica, sofreu com a seca e as geadas, o que deve levar a uma queda na oferta e aumento dos preços no mercado global.
Cana-de-açúcar: A cana também foi prejudicada pelas condições climáticas adversas, afetando tanto a produção de açúcar quanto de etanol, elevando o preço desses produtos.
Arroz e feijão: Alimentos básicos como arroz e feijão, que dependem muito de um regime de chuvas regular, tiveram quebra de safra. Isso impacta diretamente o preço final ao consumidor.
Frutas e hortaliças: A estiagem afeta diretamente o cultivo de frutas e verduras, que necessitam de irrigação constante. Isso tem aumentado os custos de produção e, consequentemente, os preços no varejo.
Efeitos econômicos
Esses problemas no campo têm reflexos diretos no bolso dos consumidores, com aumento dos preços de alimentos em supermercados e feiras.
A inflação dos alimentos é uma preocupação crescente, especialmente em momentos de baixa oferta e alta demanda.
Além disso, a quebra de safra pode comprometer a balança comercial do país, uma vez que o Brasil é um dos maiores exportadores de produtos agrícolas.