Quanto sofrimento no mundo por causa deste pronome possessivo: Meu, minha. Começar uma relação sentindo-se “dono” de alguém é algo fadado ao fracasso.
Eu sou eu, com os meus interesses, compromissos, vontades e amigos independente de você. Você é você, com os seus interesses, compromissos , vontades e amigos independente de mim. Se pudermos, com respeito, sem intromissão somar tudo isso, maravilha! Entretanto, nem sempre as coisas são assim.
Esta semana uma cliente me disse algo, que vem se repetindo há muitos anos em meus atendimentos: “Meu namorado não gosta de meus amigos”. Como uma relação a dois ao invés de somar começa diminuindo? Eu posso não gostar de um amigo de meu namorado, mas isso não é problema dele, é meu!
Posso não querer estar ao lado desta pessoa, mas é inadmissível eu entrar na vida de alguém querendo impor mudanças, fazendo proibições. Como posso respirar tendo minha vida assaltada por uma namorada que controla os meus passos pelo GPS de seu ciúme?
Amor não é isso. Ninguém é de ninguém e precisamos ter isso em mente ao iniciarmos uma relação. Quem dá asas para o outro voar, dá espaços para que ele sinta vontade de voltar, motivos para ficar. A nossa falta de inteligência e excesso de insegurança é que faz com que tomemos atitudes erradas.
Perceba como se sente o amor que você vive. Pare por alguns instantes e analise se você vive sobressaltada com medo de ser deixada, se sente-se intranquila. Pare de vigiar os rastros que ele deixa e inventar os passos que ele possivelmente nem dá. Reavalie também se não é ele que te sufoca com o excesso de ciúmes dele. Não dá para viver sem respirar…
Peça ajuda de um profissional se necessário, mas acorde!