Ser mãe é como um rio que corre para o mar,
Um oceano de afeto, mas também de lutas,
Cada sorriso, um raio de sol a iluminar,
Mas no peito, o cansaço se insinua;
A sociedade observa, julga sem ver,
Como se amor fosse somente prazer,
“Você quis ser mãe, agora tem que aguentar”,
Dizem, sem nunca parar para ajudar;
Mas é ela quem carrega o mundo nas costas,
Sente o peso das noites mal dormidas,
Das perguntas sem respostas certas,
Das lágrimas que caem, escondidas;
Ela ama os filhos, mas também é humana,
Tem dias de luz, mas também de sombras,
Cada lágrima é uma dor que transborda,
E o mundo insiste em cobrir com uma fronha;
Ser mãe é ser forte, mas também frágil,
É ser farol, mas também navegar,
É doar-se tanto que o peito sangra,
E ainda assim, nunca parar de amar;
Então, mãe, canse, desabafe, chore,
Não há vergonha em sentir a dor,
Pois o amor que você dá ao seu filho,
É infinito, mas também é labor;
E que a sociedade aprenda a compreender,
Que ser mãe é humano, e ser humano é viver,
É dar tudo, e ainda assim sentir,
Que o cansaço também faz parte do existir.