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Quem conhece os podres sempre se dá bem

José Escarlate

João Figueiredo e Delfim Netto foram colegas no governo Médici. O “Gordo” cuidava da Fazenda e o outro do Gabinete Militar. Já se conheciam de São Paulo, quando Delfim tratou das finanças do estado e o então coronel, da Força Pública.

Quando Figueiredo assumiu o governo, os dois se juntaram em Brasília a Mário Andreazza, ministro dos Transportes, o grande parceiro de Delfim nos projetos do ”Brasil Grande”, tempos do milagre brasileiro.

Um dos críticos mais ferrenhos de Delfim era o bilionário Augusto Trajano de Azevedo Antunes, que batia duramente em Delfim, afirmando que o então ministro da Fazenda trapaceava nos negócios com carne, protegendo um frigorífico. Enquanto isso, Andreazza nadava de braçada conseguindo recursos para sua pasta.

Um dia, em conversa informal, Andreazza revelou ao presidente o milagre para conseguir tantas verbas para seus projetos. Sorrindo, ele confessou: “Simples. É porque conheço os podres do “Gordo”.

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