O ser humano sempre precisou de um protetor, um protetor de si mesmo e para si mesmo. Na Grécia, o Anjo da Guarda se chamava AghatoDaimon (Bom Espírito), Iwa para os vodunistas, Genius romano, Dola eslávico, Fylgia nórdico, Serapis egípcio e o judaico cristão, o nosso tão conhecido Anjo da Guarda.
Quer dizer que sempre, mas sempre, o ser humano se achou frágil diante das intempéries provocada por ele mesmo, com as suas dificuldades de lidar com seus próprios instintos, seus atos, seus pensamentos e atitudes.
Olhamos os templos de diversas e infinitas religiões cheios, o medo de ir para o inferno, as conversões forçadas, não por amor aquele ou outro deus, mas o medo de ir para um local aonde o seu sofrimento possa ser maior e não estar protegido, tudo causado por atitudes impensadas, por momentos de precipitação ou instintos não controlados.
E onde entra o Anjo da Guarda? Ele entra nesta insegurança toda. É aquele amigo, aquele que nunca te trai, que te dá bons conselhos, te avisa na hora do perigo, que acorda com você e vive ao seu lado. Sempre existiu, sempre existirá. Nossos demônios andam ao lado do anjo da guarda, do AghatoDaimon, ele te defende dos perigos da estrada da vida. Quem crê está mais confiante e precisamos dessa confiança.
A vida está tão corrida, são tantas injustiças sociais, tantos desmandos, tanta impropriedade e a população vive a mercê dos estatutos, das leis dos desmandos dos políticos, do estupro com as nossas matas, com os rios, com as ruas cheias de detritos, porque os bueiros estão cheios e o rio não está dragado e a casa vai encher e vai perder os móveis que comprou naquela famosa casa popular a prestação, paga em 24 meses! Afff! Preciso do Anjo da Guarda, para não pirar e pegar uma arma e matar um!
Então, um vai ao bar e bebe uma pinga, o outro vai sofrer porque o filho tão bem criado deu para o que não presta, porque sua mente era frágil e ficou a mercê dos novos valores sociais, tão vulgares, tão frágeis. E a melancia é mais valorizada do que os bons valores sociais! Sem preconceito, é claro! Mas os estudos, a boa música as rádios não tocam, nem aquele velho rock´roll e o estilo musical popularíssimo está em vigor incentivando maciçamente a violência física ou ao modelo vulgar da mulher e do homem!
Só o Anjo da Guarda, o AghatoDaimon, o Iwa para nos proteger e proteger nossos filhos. Será que aquele político que fez a lei que recebe não sei quanto para não fazer nada, tem Iwa? Anjo da Guarda? AghatoDaimon? Ou será que tem um Anjo contrário? É… Que existe, existe… Mas essa do Anjo contrário fica para o outro artigo.
Pois é, minha gente, precisamos sim, do nosso velho, bondoso e sensato Anjo da Guarda, do nosso AghatoDaimon, pois sem ele não há pagão, cristão, budista ou qualquer outra denominação que aguente! Precisamos dele para nos proteger de nós mesmos, para sabermos lidar com as dificuldades diárias e nos dar o bom senso.