No domingo 26, 142 milhões de eleitores voltam às urnas para, no segundo turno, escolher entre a petista Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves o presidente que vai comandar o Brasil a partir do dia 1° de janeiro de 2015, até dezembro de 2018. Os dois candidatos prometem um governo mais avançado, com ideias novas e modernas.
Em 14 Estados haverá também o segundo turno para eleição dos seus governadores. Nas outras 13 unidades federativas a escolha do governador ocorreu no primeiro turno, já que o eleito conseguiu mais de 50% dos votos. A grande preocupação da Justiça Eleitoral e dos comandos das duas campanhas presidenciais é a anunciada abstenção, estimada em 22%. É um contingente muito grande de eleitores que poderá deixar de votar.
Até as 21 horas de domingo, o Tribunal Superior Eleitoral anunciará os resultados oficiais das duas eleições – presidencial e governadores.
O debate eleitoral entre os dois candidatos presidenciáveis transcorreu num nível muito baixo. Foi dos mais pobres das últimas eleições. Dilma e Aécio apostaram mais em ataques pessoais e na desconstrução moral um do outro. Programas de governo mesmo foram relegados a segundo plano.
O reconhecimento do festival de baixaria é do próprio Tribunal Superior Eleitoral, que decidiu não ser mais tolerante com ataques pessoais no horário eleitoral da televisão e do rádio. Fixou parâmetros para tornar as campanhas mais propositivas. Uma nova postura para valorizar os debates entre os candidatos.
Na reta final da campanha, a corte suspendeu inúmeras propagandas dos dois candidatos. Proibiu material jornalístico e depoimentos de pessoas alheias à política para fazer acusações. O TSE anunciou também que vai baixar regras para a divulgação de pesquisas eleitorais, a partir das eleições de 2016.
O vencedor do pleito presidencial – seja Dilma ou Aécio – vai ter de desatar muitos nós, um turbilhão de problemas que atormentam a vida dos brasileiros. A começar pela contenção da inflação galopante e do baixo crescimento do PIB; e procurar imediatamente encaminhar soluções para a crise no setor energético, e a escassez de água nas cidades de muitas regiões do Brasil.
Carece que providências urgentes sejam tomadas para a proteção do nosso bem maior: a água. Sem ela, perde a produção de energia elétrica e mexe profundamente com o dia a dia de todos os brasileiros. Impõe que se acabe com a desculpa de culpar São Pedro pela falta do precioso liquido.
Qualquer que seja o eleito está correndo o sério risco de, no inicio do governo, ter de gerenciar racionamento de água e luz.
O novo presidente terá que detonar um choque de credibilidade, começando pela escolha de seus ministros, e procurar pacificar o Brasil, hoje dividido. Uma tarefa árdua.
Cláudio Coletti