Ao viver perto de espaços verdes, os indivíduos poderiam parecer biologicamente mais jovens em aproximadamente 2,5 anos. É o que sugere um estudo publicado na revista Science of the Total Environment. Acredita-se que esse efeito resulte do alívio de tensões físicas e emocionais.
Os cientistas examinaram dados de quase 8 mil americanos. Eles descobriram que os indivíduos que viviam em mais parques, jardins, árvores e outras áreas verdes possuíam telômeros mais longos – sequências repetitivas de DNA localizadas nas extremidades dos 46 cromossomos de uma pessoa.
Os telômeros protegem o DNA de danos durante a divisão celular, mas encurtam a cada processo. Portanto, seu comprimento pode corresponder à idade biológica.
Os pesquisadores levantaram a hipótese de que os benefícios da vegetação decorrem da mitigação do estresse físico e psicológico. As árvores oferecem sombra durante o tempo quente, diminuem a poluição do ar e reduzem o ruído.
Além disso, os espaços verdes promovem a atividade física, melhoram as interacções sociais e reduzem as taxas de criminalidade.
O estudo descobriu que o impacto positivo dos espaços verdes nos telômeros permaneceu consistente entre raças, situações econômicas, hábitos de fumar e níveis de consumo de álcool. No entanto, os benefícios diminuíram em áreas com elevados níveis de poluição atmosférica.