Notibras

Quer ver um gay transfóbico enrustido? Dê um susto nele

Quando a gente acha que já viu tudo, surge um degenerado para mostrar que estamos errados. O pior é quando damos de cara com um desses em locais supostamente destinados a pessoas inteligentes. Já se foi o tempo. É nesses ambientes que vivem os idiotas que se acham invencíveis. Não tenho problema em conviver com esse tipo. Aliás, não é porque, nesses últimos quatro anos, a internet deu vez e voz a eles que tenho de lhes dar ouvidos. Pelo contrário. Como sei que não os convencerei, costumo não discutir com idiotas e ignorantes. Tenho medo de ser convencido por eles. A verdade é que comumente me finjo de imbecil para não prejudicar a gravura daqueles que se fingem de espertos. E hoje o Brasil está cheio deles.

Alguns estiveram travestidos de ministros até bem pouco tempo. Outros se aproveitaram do emburrecimento do povo e conseguiram cargos eletivos. Azar de quem os elegeu. Do meu lado, como não sou respeitado, não tenho obrigação alguma de respeitá-los. Diante do atual estágio de escárnio, me resta indagar: Na falta do que fazer, principalmente do que dizer, que tal continuarmos imbecis, desajustados e depravados? Não quero isso para mim. No entanto, foi essa a temática da estreia na tribuna da Câmara Federal de um deputadozinho mixuruca, recém-saído dos cueiros e que já se acha capaz de peitar o eleitor que sabe votar.

Chamar o parlamentar de meia tigela, de patético, talvez seja um insulto aos ex-apatetados eleitores de um tal mito. Em seu primeiro dia de aula, com as fraldas borradas pelo medo de ficar longe do criador, o arremedo de deputado desonrou a Câmara e certamente enganou algumas centenas de votantes, a maioria macho alfa e sempre preocupada com as reações diante de sustos sem graça. E esses sustos são o maior problema para os transfóbicos. Não estou insinuando nada, mas sua excelência mineira passou recibo a respeito de sua frustração por ter nascido homem. Por isso, o discurso bestialmente transfóbico e criminoso. A bem da verdade, antecipo que, ao colocar na cabeça aquela ridícula peruca loura, seu temerário perfil de escondedor de efígie acabou revelado.

Tenho por pressuposto entender que todos os homofóbicos e transfóbicos morrem de medo de, um dia, sem querer, deixar sua verdadeira identidade vir à tona. Como macho convicto, nunca tive necessidade de me fantasiar ou utilizar determinadas funções para mostrar certas insatisfações. Minto. Me vesti uma vez de super-homem e só percebi que o anel era só de couro quando a dor fictícia da dedada me despertou. Algo parecido com aqueles que forçam a barra para ser o que não são e jamais serão. Se o tal parlamentar queria aparecer para seus pares e justificar os votos recebidos da “machidão” traiçoeira, seria mais fácil pendurar uma melancia no pescoço ou tentar uma camisinha XL em sua cabeça de bobalhão.

Difícil que esses penduricalhos caíssem bem no pescocito do dito cujo, pois até para usar uma peruca feminina lhe falta porte. Antes de tentar ser um representante do povo, seu sei lá o que deveria ter tomado umas aulas de boas maneiras, de boa conduta e de honrar seus colegas que ainda tentam ser sérios. Sua ignorância política e personal passou dos limites. Seja mais moderno e menos moleque. Aceite a modernidade que dói menos. Se a intenção do suposto parlamentar foi desviar a atenção do brasileiro para o atentado bolsonarista contra a sabedoria das autoridades da Receita Federal, perdeu seu abobalhado tempo.

Como imbecilidade e ignorância sempre andam de mãos dadas, seu queridinho – ou sua paixão incubada – se fornicou e pode levá-lo junto. Quanto às joias, não sobrarão colares sobre relógios. Serão todas devolvidas a quem de direito: a União. Portanto, perdeu playboy. Sua hora também vai chegar. No próximo discurso, ponha um bustier cor da pele e coberto de lantejoulas, um fru fru rendado na altura da cintura e se imagine um falso brilhante. Além de lhe cair bem, serão dois apetrechos maravilhosos para quem só quer aparecer. Deputado, a putada pede para você crescer e eclodir.

Sair da versão mobile