Depois da histórica decisão de jubilar mais um presidente da República, a Justiça Eleitoral está começando a veicular uma nova campanha em defesa da democracia. Desta vez, o recado do TSE é antigolpismo.
Com 30 segundos de duração e no melhor estilo Alexandre de Moraes, a peça diz que “liberdade de expressão não é licença para espalhar mentira, ódio, golpe e desavença”.
Conforme a Assessoria de Comunicação do tribunal, a cena é ambientada em uma festa regada a rap, envolvendo um homem e uma mulher negros.
A cantora que defende o recado do TSE veste uma blusa branca, estampada com a palavra “Democracia”. No fim da “batalha” de rap, o cantor adversário deixa o recinto de cabeça baixa, enquanto o narrador diz: “Na hora da verdade, a democracia fala mais alto. Justiça Eleitoral. A Justiça da democracia”.
Veja a íntegra da letra da campanha: “Soberania é força popular: tem de respeitar! Liberdade de expressão não é licença para espalhar mentira, ódio, golpe e desavença. Democracia é conquistada, não é sorte. Pode recuar que a consciência aqui é forte”.
Pronta desde o julgamento em que o TSE condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade de 8 anos por ataques contra a democracia, a divulgação começa na segunda razões óbvias. De recesso até o primeiro dia de agosto, os ministros da Corte Eleitoral já começaram a examinar a possibilidade de pautar para o mês que vem processos que podem ampliar para além de 2030 o prazo de impedimento para Bolsonaro novamente disputar um cargo público.
No dia 29 de junho, por 5 votos a 2, o TSE entendeu que o ex-mandatário praticou abuso de poder político e usou indevidamente meios de comunicação para, sem provas, atacar o sistema eletrônico de votação. Ele também se utilizou da estatal de comunicação para veicular inverdades sobre as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores às vésperas da campanha eleitoral de 2022.
Ninguém melhor do que a rapaziada do rap para mostrar que verdade é uma coisa, e mentira, é mera fake news.