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Rapaz que matou gay gaúcho é preso pela polícia de Goiás

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A Polícia Civil de Inhumas (GO) prendeu nesta sexta 12 o assassino do jovem João Antônio Donati, de 18 anos. De acordo com o Humberto Teófilo, delegado responsável pelo caso, Andrie Maicon Ferreira da Silva, de 20 anos, confessou a autoria do assassinato. Andrie vai responder ao processo na prisão.

O corpo de João Antônio Donati, de 18 anos, foi encontrado no dia 10 de setembro em um terreno baldio, depois de buscas de parentes e amigos preocupados com seu desaparecimento, que saíra de casa na terça-feira (9) para trabalhar e não retornara.

Documentos encontrados próximos à vítima levaram à solução do caso. Um dos documentos pertencia a Andrie, que trabalha em uma fazenda próxima e foi reconhecido por testemunhas. Ele foi visto próximo ao terreno baldio no dia da morte de Donati. Uma vez identificado, sua prisão temporária foi decretada. Na prisão, confessou o crime.

Andrie relatou que manteve relações sexuais com a vítima nas proximidades ao Estádio Municipal de Inhumas. Durante a relação, os dois se desentenderam e começaram a trocar agressões. Andrie, então, enforcou Donati, matando-o. Em seguida, colocou pedaços de plástico na boca da vítima. Em seu relato, ele explicou que o motivo do desentendimento começou quando a vítima sugeriu inverter as posições no ato sexual.

A polícia informou que o assassino chegou a prometer pagamento pelo programa sexual. Embora Andrie diga que foi um encontro casual, a polícia investiga se os dois já haviam mantido contato outras vezes. A polícia ainda vai colher depoimentos de testemunhas e pessoas próximas à vítima.

Segundo o delegado, com a prisão de Andrie, não há muitos indícios de crime de homofobia, uma primeiras linhas de investigação para o assassinato de Donati. Ontem,  a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), Ideli Salvatti, defendeu uma legislação “adequada para coibir e punir os casos em que a questão homofóbica se manifeste”, após a divulgação da morte de Donati e do incêndio no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinelas do Planalto, em Santana de Livramento (RS), onde haveria uma  cerimônia coletiva, com o casamento de 28 casais heterossexuais e de duas mulheres.

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