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Pernambuco

Raquel troca PSDB por PSD de Kassab mas mantém ninho tucano sob controle

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Geraldo Seabra - Foto Divulgação

Continua repercutindo favoravelmente nos meios políticos de Pernambuco a ida de Raquel Lyra para o PSD, de Gilberto Kassab. A governadora, embora em nova legenda, manteve sob controle o ninho tucano, que acabou de deixar, confiando o comando do partido à sua vice, Priscilla Krause, que deixou, por sua vez, o Cidadania. Raquel Lyra espera levar com ela os 33 prefeitos que elegeu no ano passado. Se conseguir alcançar esse objetivo, seu projeto d reeleição em 2026 estará facilitado.

A governadora busca manter o controle do PSDB em Pernambuco para evitar que o presidente do diretório estadual Fred Loyo perca o comando do partido para um opositor, como o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, adversário dela e aliado do prefeito João Campos (PSB), principal pretendente à cadeira mais alto do Palácio do Campo das Princesas, no próximo ano.

Prestigiada pela presença do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, Raquel Lyra fez questão de estar rodeada de familiares, amigos e aliados de primeira hora na festa da troca de legenda. Estiveram ao seu lado, por exemplo, seus pais e o filho caçula, sua vice Priscila Krause, o ex-governador Gustavo Krause, a prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD) e o ex-secretário estadual de Turismo, Daniel Coelho (PSD). O ex-governador João Lyra, inclusive, também se filiou ao PSD no evento, a convite de Kassab.

Além de Kassab, o novo partido da governadora esteve representado em peso por suas lideranças nacionais, como os ministros André de Paula (Pesca e Aquicultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), as senadoras Eliziane Gama (PSD-MA), Zenaide Maia (PSD-RN), Jussara Lima (PSD-PI) e o senador Lucas Barreto (PSD-AP), que discursaram no evento.

O presidente estadual do Partido Liberal, Anderson Ferreira, que foi adversário de Raquel Lyra no pleito que a elegeu, há dois anos, e que deverá novamente ser candidato ao cargo da governadora no ano que vem, compareceu à solenidade, discursou se derretendo em elogios à governadora, e abriu especulações de que sua ala pode reforçar seu distanciamento com a ala mais alinhada com Jair Bolsonaro, liderada pelo ex-ministro Gilson Machado Filho, fiel escudeiro do ex-presidente.

Com uma aparição discreta na solenidade, o ex-prefeito do Recife e deputado estadual João Paulo (PT), optou por um pronunciamento da tribuna da Assembleia Legislativa para afirmar que o ato de filiação da governadora Raquel Lyra ao PSD provocou um abalo no projeto do prefeito João Campos, de se candidatar ao governo de Pernambuco. Provável companheiro na chapa de reeleição da governadora, ele afirmou que “Raquel entra na área de intercessão do presidente Lula e a política é muito dinâmica. Vamos ver muita mudança até lá“.

Conselho Metropolitano
Para fustigar João Campos em seu terreiro, onde suas perspectivas eleitorais são muito baixas, a governador também decidiu reabilitar o Conselho Metropolitano, órgão deliberativo de políticas públicas que reúne os 14 municípios da Região Metropolitana do Recife paralisado há quase uma década. Em uma primeira reunião já reuniu na terça-feira doze prefeitos quando estendeu o braço do estado para a solução de problemas comuns em educação, saúde, transporte e infraestrutura.

João Campos, que participou da reunião, no Palácio do Campo das Princesas, disse que espera por ações concretas, a partir do diálogo entre o Governo do Estado e os demais municípios da RMR. “É importante discutir com as cidades metropolitanas, com a presença do Governo do Estado, os problemas e os desafios que são muito parecidos. Espero que possam haver desdobramentos com ações concretas. O Recife se coloca à disposição”, disse.

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