A política é a arte de negociar o que é melhor para os cidadãos. Da sua boa prática surgem as decisões compatíveis com a vontade da maioria e com o direito de todos.
Durante os 21 anos do Regime Militar, tivemos governantes sérios e comprometidos com o “Brasil Grande” que almejamos e merecemos e ministros competentes e especialistas das pastas que ocupavam.
Sob um autoritarismo responsável e necessário, o Brasil progrediu e cresceu como nunca, mesmo enfrentando as duas crises do petróleo e a guerra contra o terrorismo.
Na sua vigência, no entanto, por razões óbvias, foram negligenciados o debate político, a comunicação e a publicidade que, se praticados em momento oportuno, teriam consolidado e ampliado a base popular de apoio ao regime e o reconhecimento de seus incontestáveis acertos.
Em vez disso, os enganos e as dificuldades foram potencializados diante da opinião pública e os velhos e novos líderes da esquerda comprometida com as ilusões de antanho voltaram gradativamente ao palco e assumiram a pauta política.
Por excesso de confiança, falta de sensibilidade e por desatenção ao debate e às boas práticas políticas, fortaleceu-se a oposição, comprometeram-se as conquistas e o futuro da Nação e, 21 anos depois, através dos instrumentos da democracia preservada pelo Regime, promoveu-se a volta ao poder dos que por ela nunca tiveram apreço.
Três décadas de desregramento e de promiscuidade se passaram e, em meio ao caos, assim como o Regime Militar, imposto pela circunstância adversa e aclamado pela imensa maioria povo, surge outra vez no horizonte a esperança de um Brasil melhor.
É preciso, portanto, valorizar o bom momento e o aprendizado, a franca e honesta prática política, o debate e o contraditório, porque deles surgirão a verdade, o consenso, o fortalecimento da democracia, o respeito à vontade da maioria, à lei e à ordem e a ampliação do efetivo dos que querem e que sabem qual é o melhor futuro para a Nação.
Podemos até errar, mas não podemos repetir os erros do passado.
Que Deus faça descer o bom senso sobre os que se julgam Seus enviados.