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Recurso de Lula à ONU é porta de entrada para pedir asilo político e evitar a prisão

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Cláudio Coletti

O cerco da Policia Federal, procuradores do Ministério Público e do Poder Judiciário contra o ex-presidente Lula está se fechando.

Nos meios políticos e jurídicos de Brasília não restam dúvidas de que, em determinado momento, sairá de um juiz federal uma ordem de prisão contra Lula.

A alegação será o envolvimento do ex-presidente em malfeito ocorrido na Petrobras. Uma das provas seria o gesto para barrar a prisão de Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal.

Lula também convicto disso, recorreu ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), com sede em Genebra, na Suíça, não para estancar processo judicial no Brasil, mas sim para abrir as portas de um pedido de asilo político em nações amigas da época em que presidiu o Brasil.

Na relação está Cuba, que adentra numa nova fase política, depois de reatar as relações com os Estados Unidos.

Em Brasília, o juiz Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal do DF, abriu ação penal contra Lula, sob acusação dele ter tentado obstruir ações da Lava-Jato. Lula teria tentado comprar o silêncio de Cerveró.

Lula, na verdade, pretendia evitar que ele falasse o que sabe sobre os esquemas de corrupção na Petrobras. É a primeira vez em sua vida que o ex-presidente se torna réu num processo criminal.

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