O xadrez político em Brasília deu lugar a um jogo de varetas, espalhadas pelo tabuleiro. São pauzinhos de diferentes matizes, movidos com a precisão de um bisturi. Os jogadores, bem preparados, já sabem onde chegar: Antônio Rguffe (União Brasil) no Palácio do Buriti e Paula Belmonte (Cidadania) no Senado.
Para fechar a chapa majoritária, falta escolher quem estará como vice. As especulações são várias. Vão desde o pré-candidato Izalci (PSDB), passando por Leila do Vôlei (PDT, e velha aliada de Reguffe) e até mesmo uma reviravolta no grupo de Ibaneis Rocha, com uma eventual mudança de lado de Flávia Arruda (PL).
Sobre a presença da ex-ministra nessa chapa majoritária, analistas políticos recordam as antigas e respeitosas relações de Reguffe com o ex-governador José Roberto Arruda. No comando de toda a operação, mexendo as varetas para que não haja desmoronamento, está o advogado e empresário Luiz Felipe Belmonte.
Se a chapa sair vitoriosa, já se sabe que Reguffe – como prova sua história pública de não disputar o mesmo cargo – 2026 será discutido no momento certo. E a sucessão, daqui a quatro anos, pode ficar nas mãos de Paula, Leila, Flávia ou o próprio Izalci. A se confirmar essa costura, uma coisa é certa: Brasília terá um novo governador a partir de janeiro de 2022.