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Relógio-espião é o vilão dos áudios do Buriti. Dono é ligado a distritais

A Polícia Civil já sabe quem é o vilão das gravações de conversas do governador Rodrigo Rollemberg com um grupo de deputados distritais. Trata-se de um relógio-espião que costuma estar no pulso de um fã de Sherlock Holmes, que transita livremente pela Câmara Legislativa.

O principal suspeito, segundo um policial que faz parte das investigações, teria emprestado o equipamento a uma das pessoas presentes à reunião do governador com os parlamentares. A suspeita é a de que essa pessoa tenha ligações profissionais com um ou mais deputados.

Um relatório preliminar aponta que o dono do relógio-espião emprestou o equipamento, que foi utilizado em mais de uma oportunidade. As gravações foram vazadas por gente da própria Câmara Legislativa. Um esboço do processo também vincula hackers à ação.

O grupo teria fortes ligações com o comando da Operação Fake, deflagrada no governo de Agnelo Queiroz, quando políticos e jornalistas foram alvos de campanhas difamatórias. O informante de Notibras mantém os nomes dos suspeitos sob reserva, mas admite ligações fortes entre o atual episódio e as mensagens de fakes postadas em uma lan house de Atlanta, nos Estados Unidos.

A preocupação da polícia, antes de concluir as investigações, é ouvir ao menos três pessoas diretamente envolvidas com as gravações. Sabe-se que o relógio-espião, novo vilão no episódio, tem capacidade de até 9 horas de armazenamento de áudio e imagem; tem câmera e microfone escondidos, e 4GB de memória interna.

Felipe Meirelles – Colaborou José Seabra

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