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Renan diz que o Senado também derrubará proposta sobre conselhos populares

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira que o Senado também derrubará o decreto da presidente Dilma Rousseff que cria uma superestrutura de conselhos populares no governo. Irritado, Renan ainda reagiu às críticas do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmando que, mais uma vez, o ministro “não está sabendo do que está falando”.

Mas Renan disse que não sabe quando colocará em votação o decreto que suspende os efeitos da proposta de Dilma e que foi aprovado na noite de terça-feira na Câmara, na primeira derrota da petista depois das eleições. O PSDB já prepara um requerimento de urgência para colocar a matéria em votação o mais rápido possível.

— Ela ser derrubada na Câmara não surpreendeu, da mesma forma que não surpreenderá se ela for, e será, derrubada no Senado — disse Renan, acrescentando:

— Essa coisa do decreto não enxergo como derrota. Absolutamente. Já havia um quadro de insatisfação com relação à aprovação dessa matéria. Essa coisa da criação de conselhos é conflituosa, não prospera consensualmente no Parlamento. Deverá cair.

Em seguida, Renan mostrou irritação com as declarações de Gilberto Carvalho de que foi uma “vitória de Pirro” do Parlamento e de que isso poderia gerar mais derrotas para a presidente Dilma.

— Sinceramente, mais uma vez, o ministro Gilberto Carvalho não está sabendo nem o que está falando. Pelo contrário (de que há um clima de novas derrotas) — disse Renan.

O presidente do Senado argumentou que essa insatisfação dos parlamentares com o decreto dos conselhos já era antiga, ou seja, não tinha relação direta com o resultado das eleições, a mais polarizada desde a redemocratização do país.

— Ao contrário. Essa dificuldade já estava posta desde antes das eleições. Apenas se repete. Dificilmente passará. Esse é um projeto polêmico, que encontra muitas resistências no parlamento, tanto na Câmara quanto no Senado. É um assunto polêmico, conflita. Em qualquer momento que ele for votado, ele sofrerá, tanto na Câmara quanto no Senado, muita resistência, talvez uma igual resistência — disse Renan.

Apesar de acreditar na derrota de Dilma também no Senado, Renan disse que a prioridade para a próxima semana seria a proposta que muda o indexador de correção da dívida dos estados.

— A urgência é regimental, será aprovada e, em seguida, nós marcaremos o dia que a matéria será apreciada. Mas a expectativa do Senado não é diferente da expectativa que havia na Câmara. E não é de agora. Isso é desde muito cedo, desde antes das eleições — disse Renan.

Ele voltou a dizer que não é o momento de se falar em eleição para presidente do Senado.

— Não é hora de conversar sobre eleição no Senado. Nunca acontece de um nome ficar posto por decisão pessoal — disse Renan.

Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse que está pronto um requerimento para dar urgência à questão do decreto sobre os conselhos, assim que a proposta chegar da Câmara.

O tucano também criticou o ministro Gilberto Carvalho.

— Ele (Gilberto) queria um órgão para se perpetuar no poder. Ele é um “neobolchevique”, só que um bolchevique sem utopia — disse o líder tucano.

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