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Renan e Cunha dão as mãos para fortalecer o PMDB na crise palaciana

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Com o governo Dilma no fundo do poço, o Congresso Nacional passou a ter momentos de alta tensão. Os presidentes da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha) e do Senado Federal (Renan Calheiros) estão se posicionando como adversários da presidente Dilma Rousseff. Lideraram ações que só dificultaram os interesses do governo no Congresso.

O PMDB e o PT, que sustentaram a reeleição da presidente Dilma no ano passado, vivem em clima de guerra. Um querendo destruir o outro. E continua tenso o relacionamento entre todas as legendas da base governista.

A oposição (PSDB, DEM, PPS e SD) atua na busca do enfraquecimento cada vez maior da chefe do governo. Procura brecha que possa justificar pedido de impeachment de Dilma. O PT está mergulhando numa crise interna jamais vista em sua história. O temor é de fuga em massa de petista, como fez a senadora Marta Suplicy.

Outra bomba do Congresso contra o Palácio do Planalto foi anunciada na terça-feira. Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado apresentaram projeto que torna mais duras as regras sobre as estatais, tirando poder do presidente da República.

O texto prevê medidas que indicados a presidir empresas e bancos públicos sejam submetidos a sabatina no Senado. Proíbe também ministro integrarem conselhos de administração de estatais.

Para complicar mais ainda o relacionamento do Planalto com o Congresso, as nomeações prometidas aos parlamentares que aprovaram medidas do reajuste fiscal não foram atendidas, até quarta-feira. Os deputados e senadores prometeram dar troco ao governo na próxima semana. As pautas da Câmara e do Senado estão recheadas de projetos de interesse do governo.

Cláudio Coletti

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