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Renan e Eduardo encurralam Dilma e seguram rédeas do poder

O PMDB está encurralando a presidente Dilma, no momento em que seu governo está na lona e sua popularidade no fundo do poço. E também procura desestabilizar o PT, que se encontra enroscado até o pescoço nas roubalheiras da Petrobras. Um escândalo considerado o maior da história do Brasil e um dos maiores do mundo.

São duas etapas da estratégia do maior partido do país com vistas ao futuro bem próximo. Nas eleições municipais de 2016, os peemedebistas pretendem eleger um grande número de prefeitos e vereadores por todo território brasileiro. Serão eles importantes cabos eleitorais na campanha da corrida ao Palácio do Planalto em 2018. É justamente nesse ano que o PMDB planeja disputar a Presidência com candidato de suas próprias fileiras. Querem dar um basta na estratégia que adotaram nos pleitos passados, sempre com papel secundário.

O PMDB é hoje o dono do Congresso Nacional. Tem 66 deputados federais e 18 senadores. Está em poder de peemedebistas as presidências da Câmara (Eduardo Cunha) e do Senado (Renan Calheiros). E mais: dos 27 estados, sete são governadores pelo PMDB. E a legenda detém o maior número de prefeitos e vereadores em todo pais.

Na atual legislatura, iniciada em fevereiro, o PMDB tem imposto sucessivas derrotas ao PT. Na Câmara, seu candidato Eduardo Cunha se elegeu presidente derrotando o petista Arlindo Chinaglia. Deixou os petistas fora da Mesa Diretora da Câmara, fato que não acontecia há mais de 20 anos.

Os correligionários do ex-presidente Lula ficaram de fora também do comando das principais comissões permanentes, principalmente a Comissão de Justiça, que presidiam há vários anos. Os petistas foram alijados do comando de comissões importantes, como a CPI da Petrobrás e da Reforma Política.

Na reforma política, uma das prioridades hoje no Congresso Nacional, PMDB e PT estão separados por enorme fosso. Os petistas querem o financiamento público de campanhas. Contra esta proposta está o PMDB, que defende um modelo misto público e privado.

Ainda na Câmara os peemedebistas estão patrocinando a votação de projeto que reduz os ministérios de 39 para 20. Um tiro certeiro no PT, já que essa proposta elimina cerca de 20 mil cargos comissionados, preenchidos em sua maioria por apaniguados de petistas.

Cláudio Coletti

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