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Renan Calheiros e Romero Jucá podem cair na rede que prendeu Gim Argello

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Felipe Meirelles, Edição

Os senadores Renan Calheiros (presidente do Senado) e Romero Jucá, ambos do PMDB, terão suas vidas vasculhadas por decisão da ministra Cármen Lúcia, relatora da Operação Zelotes no Supremo Tribunal Federal. Os dois teriam caído na mesma rede que prendeu Gim Argello, ex-senador (PTB-DF), preso há 15 dias na Lava Jato.

Renan é contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Jucá é anunciado oficiosamente como ministro do Planejamento num eventual governo de Michel Temer. As investigações que levaram aos dois senadores são baseadas em um diário apreendido com um dos investigados na Zelotes, João Batista Gruginski, em que ele registra um encontro com Alexandre Paes dos Santos, outro investigado na Zelotes.

Em depoimento, Gruginski disse que, nesse encontro, ouviu de Alexandre Paes dos Santos que existia uma negociaçao de R$ 45 milhõess em propina para senadores favoráveis aos interesses de montadoras de veículos em uma medida provisória.Esses senadores seriam Renan Calheiros, Romero Jucá e Gim Argello, ex-senador do PTB, que foi preso este mês em outra operação, a Lava Jato.

O nome de Jucá é dado como certo para comandar o Ministério do Planejamento em um possível governo do vice presidente Michel Temer.

A Polícia Federal também encontrou, em um bloco de anotações de Alexandre Paes dos Santos, as iniciais dos nomes dos senadores, ao lado de valores.

No depoimento, Alexandre Paes dos Santos disse que os comentários que fez seriam apenas boatos que ouviu e negou o pagamento de propina aos senadores. Mas os investigadores acharam que era necessário aprofundar a investigação. Renan e Jucá podem ser chamados a prestar depoimento.

A assessoria de Renan Calheiros afirmou que o presidente do Senado não conhece o autor da denúncia e que o próprio Alexandre Paes dos Santos afirmou se tratar de um boato que ouviu no mercado.

O senador Romero Jucá negou, também por meio de sua assessoria, que tenha recebido recursos por apresentação de emendas à MPs. Jucá argumentou que a acusação, feita por meio de uma anotação de diário, já foi desqualificada pelo próprio autor, Alexandre Paes dos Santos. Os advogados de Gim Argello e Alexandre Paes dos Santos não quiseram se manifestar.

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