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Os desafetos

Renan e Maia miram artilharia para pegar Onyx

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Autor/Imagem:
Marta Nobre

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tem razão em temer uma eventual vitória de Renan Calheiros (MDB) na disputa para voltar a presidir o Senado. O braço-direito de Jair Bolsonaro também pisa em ovos quando o assunto é a eventual reeleição de Rodrigo Maia (DEM) para a presidência da Câmara.

Renan e Maia encabeçam um grupo de parlamentares desafetos de Onyx, desde a época em que o hoje ministro ocupava um gabinete na Câmara dos Deputados. O estilo trator do chefe da Casa Civil , revelam congressistas vistos como donos de mandatos hereditários, azeda a relação do Planalto com o Legislativo.

Segundo ilações políticas sopradas de São Paulo e que chegam a Brasília em forma de tempestade, a velha convivência conturbada de Onyx com seus pares, se não for revista, pode representar um golpe duro nas pretensões de Bolsonaro para aprovar as reformas que prometeu durante a campanha eleitoral.

Conhecedor desse clima hostil, o próprio Jair Bolsonaro orientou os ministros Paulo Guedes (Economia) e Sério Moro (Justiça e Segurança Pública) para conversarem livre e abertamente com deputados e senadores a partir da reabertura dos trabalhos legislativos.

As presidências da Câmara e do Senado serão eleitas nesta sexta-feira, 1. A partir da próxima semana, os contatos serão ainda mais intensificados entre a Esplanada, o Planalto e o Congresso Nacional.

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