Renan recebe documentos do impeachment e sinaliza que Senado será cauteloso
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emBartô Granja
Os documentos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff chegaram, na tarde desta segunda-feira, 18, ao Senado. Trazidos por um carrinho, as quase 30 pastas de documentos reúnem as informações de toda a tramitação do processo na Câmara, que foi autorizado em plenário neste domingo, 17.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, manifestou a Eduardo Cuinha, presidente da Câmara – a quem coube mostrar o caminho do carrinho -, e a outros integrantes do PMDB, a necessidade de ter “cautela” e que o trâmite do processo deve seguir estritamente o que prevê o regimento para se evitar a judicialização por parte do governo.
A previsão dos senadores, colocada na ponta do lápis na reunião, é de que a votação do processo de impeachment, no plenário do Senado, ocorra apenas no dia 21 de setembro, uma quarta-feira.
Renan esteve reunido ao longo do dia na residência oficial do Senado com o presidente do PMDB em exercício, senador Romero Jucá (RR), e o líder do PMDB do Senado, Eunício Oliveira (CE). Nos cálculos deles, a comissão especial, que deverá ser montada no Senado para votar a admissibilidade do processo de impeachment, deve concluir os trabalhos no próximo dia 10 de maio.
Para evitar desgastes à legenda, a tendência é de que o partido não assuma a relatoria do processo, podendo indicar até um nome de um senador ou senadora de outro partido. Entre os nomes cotados está o de Ana Amélia (PP-RS).
Apesar de ainda restarem cinco meses para o desfecho no plenário, o entendimento é de que um erro neste momento pode levar o caso para o Supremo Tribunal Federal e adiar ainda mais a conclusão do processo de afastamento da presidente. Para se evitar qualquer óbice na discussão do impeachment, Renan deve se reunir com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, para discutir os procedimentos que deverão ser adotados na tramitação do processo.