'Dona' da Geap e do Podemos
Renata Abreu, Tatcher tupiniquim, faz da saúde do servidor seu rivotril
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emRenata Abreu, presidente nacional do Podemos e deputada federal por São Paulo, é reconhecida por sua liderança firme e disposição para enfrentar controvérsias. Sob seu comando, o Podemos consolidou-se como uma força política significativa no cenário brasileiro.
Recentemente, sua influência sobre a Geap, operadora de saúde que atende servidores públicos, tem sido alvo de críticas e questionamentos sobre o uso político da instituição.
A controvérsia intensificou-se com a nomeação de Douglas Vicente Figueredo, indicado pelo Podemos, para a presidência da Geap. Essa indicação fez parte de um acordo estratégico com o governo Lula para integrar o partido à base de apoio no Congresso. Desde então, ocorreram mudanças nos quadros de liderança da operadora, gerando críticas e denúncias de aparelhamento político.
Em diversas regiões, cargos de gerência foram ocupados por aliados do Podemos. Um exemplo é a nomeação de Érico Alves Lopes, advogado com vínculos diretos ao partido, para a gerência regional no Distrito Federal. Segundo sindicatos, essas nomeações desconsideraram critérios técnicos, priorizando interesses partidários.
Controle e consequências
Críticos argumentam que a Geap se tornou uma ferramenta de expansão política do Podemos, comprometendo a qualidade dos serviços prestados aos milhares de servidores que dependem da operadora.
Denúncias de empregados e beneficiários apontam que as mudanças administrativas podem afetar a eficiência e a credibilidade da instituição.
Renata Abreu evita comentar diretamente as acusações. Nos bastidores, sua influência é vista como uma estratégia para fortalecer o partido, mesmo diante do desgaste político. Para ela, a Geap representa mais do que uma operadora de saúde: é um ativo essencial para garantir alianças e ampliar o alcance do Podemos.
Liderança polêmica
Esta não é a primeira vez que Renata se envolve em controvérsias. Sob sua liderança, o Podemos enfrentou acusações de uso de candidaturas laranjas para cumprir a cota de gênero nas eleições de 2018. Mesmo sob investigação, Renata manteve-se firme, negando irregularidades e defendendo as práticas do partido.
Além disso, a deputada articulou propostas de reforma política que geraram intensos debates, como a adoção do sistema eleitoral conhecido como “distritão” e a flexibilização das cotas de gênero. Em ambas as ocasiões, ela enfrentou críticas de diferentes espectros políticos, mas demonstrou disposição para manter o curso visando aos objetivos estratégicos do partido.
Estratégia controversa
Renata Abreu é uma figura que desperta reações intensas. De um lado, é aplaudida por sua capacidade de articulação e expansão do Podemos.
De outro, é criticada pelo que muitos veem como a instrumentalização de uma entidade pública como a Geap.
Seja como for, ela permanece uma força política central, moldando o partido e suas alianças com uma visão clara e, acima de tudo, sem medo de polêmicas.