Renovação na Câmara beira os 65% e as caras novas já aparecem
Ao menos 16 dos 24 deputados distritais não estarão na Câmara Legislativa a partir do próximo ano. É o que avaliam analistas políticos, considerando de um lado o desejo de muitos deles tentarem voos mais altos e, de outro, os que tiveram um mandato pífio e que serão, consequentemente, rejeitados pelas urnas. Isso aliado ao fato de alguns terem optado por abandonar a carreira político-partidária.
Nesse clima de mudanças começam a aparecer caras novas. São pré-candidatos que postulam ocupar uma cadeira no Legislativo brasiliense com a promessa de fazerem pelo povo o que muitos dos atuais parlamentares não fizeram. Todos reconhecem que a disputa nesse ‘vestibular político’ será grande. Afinal, estima-se em 800 o número de candidatos para as 24 cadeiras. Mas vontade de chegar lá é o que não falta.
Algumas candidaturas começam a se sobressair entre todos. É o caso, por exemplo, de Rita de Cássia, ou simplesmente Ritinha. Filiada ao PPS da candidata ao Buriti Eliana Pedrosa, ela tem a seu favor muitos pontos. Não bastasse o carisma, vem da escola rorizista (foi chefe de Gabinete do ex-governador Joaquim Roriz por muito tempo) e alia – para usar um jargão popular – a fome com a vontade de comer.
Professora, empresária da área educacional, Ritinha tem residência fixa no Riacho Fundo. Porém, garante, tem uma base eleitoral que se espalha por todo o Distrito Federal. “Gosto do povo. Gosto de atender quem precisa de ajuda. Aprendi isso com o Doutor Joaquim (Roriz, ex-governador) e tenho recebido ótimos conselhos da próxima governadora (Eliana Pedrosa, segundo ela)”, diz a pré-candidata.
Ritinha entende que a Câmara Legislativa deve agir com independência, deixando de ser um apêndice do Palácio do Buriti. “Vou fiscalizar o governo, defender o povo, aprovar projetos que beneficiem a sociedade como um todo, que vive carente de serviços de saúde, segurança, educação e transportes”, diz, demonstrando um otimismo típico das pessoas vencedoras.
