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Respeito é bom, Bolsonaro. E o nordestino gosta

O Nordeste, teoricamente, é um reduto eleitoral do PT. Afinal, foi o ex-presidente Lula que tirou muita gente de lá da miséria, ao criar o Bolsa Família. A prova da condição de um povo petista veio nas últimas eleições, onde o presidente Jair Bolsonaro teve uma votação inexpressiva.

Mas o fato de ser oposição – ou de que era – não implica que a população do Nordeste, a segunda maior do País, torça contra o Brasil e seu principal governante. É pobre, é ‘paraíba’, mas é, acima de tudo, patriota. E merece ser respeitado, principalmente pelo presidente Jair Bolsonaro.

Esse é o pensamento geral entre nordestinos que vivem da Bahia ao Maranhão, que repudiam a fala do presidente da República, que, em tom discriminatório e pejorativo, deixou escapar, em conversa com o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni, que ‘é um bando de paraíbas’ e que o pior de todos é Flávio Dino, governador maranhense.

Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, não deixou passar em branco. “Cala a boca Magda das milícias! ‘Não existe fome no Brasil’, ‘vai privilegiar o filho’, chama de “Paraíba” toda uma região com mais 30 milhões de habitantes, ataca um dos melhores governadores e, irresponsavelmente, determina perseguição ao povo de um Estado”, disse, entre outras coisas, o pedetista em suas redes sociais.

Já o governador Rui Costa (PT), da Bahia – onde Bolsonaro estará na terça-feira -, não poupou críticas à fala de Bolsonaro. Ele escreveu o seguinte no Twitter: “Aproveitando o sábado para lembrar a honra e orgulho que tenho de ter sido eleito duas vezes governador do meu estado e de pertencer a esta região de gente séria e trabalhadora. #OrgulhoDoNordeste”

As manifestações contra Bolsonaro cresceram nas últimas horas. E uma voz rouca saiu da boca de Alcione. Ela gravou áudio e postou mensagem.

Leia o texto:

“Presidente Bolsonaro, eu não votei no senhor e não me arrependo. Eu sou uma brasileira que não torço contra o governo, não sou burra. Eu sei que se torcer contra, estou torcendo contra o meu país. Agora meu pai sempre me dizia, que meu avó já dizia para ele: ‘Quem quer respeito, se dá’. E o senhor não está se dando respeito. O senhor precisa respeitar o povo nordestino. Respeite o Maranhão. O senhor tem medo de facada, tem medo de tiro, mas o senhor precisa ter medo do pensamento. O pensamento é uma força. Pense em mais de 30 milhões de nordestinos pensando contra o senhor? Comece a nos respeitar. Respeite o povo brasileiro.”

Assista ao vídeo:

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