Hélio Doyle, último baluarte da reserva moral do Governo de Brasília, está fazendo falta. Com a precoce saída dele da Casa Civil, Rômulo, para fazer jus à história, está mamando literalmente nas tetas da loba.
Graças ao auxílio providencial de um remo, que o transportou à antessala do gabinete do governador Rodrigo Rollemberg, Rômulo começa a plantar favas. Tudo vai florescer na sede do latifúndio que vislumbra da janela dele.
A semente-mãe será fincada nesta terça-feira, 7. Para produzir os frutos desejados, o projeto será fertilizado mensalmente com o cálcio de 460 garoupas. A plantação será monitorada por uma advogada que decidiu sair dos trilhos.
Os frutos da semente que Rômulo costuma irrigar em horas fortuitas, eram para ser colhidos já em meados de janeiro. Mas, cauteloso, Hélio Doyle pediu a indicação de outros dois espécimes. Até porque, ele havia sido informado que a árvore maior, imposta pela direção nacional do PSB, estava contaminada.
Entre uma e outra mamada de Rômulo nas tetas da loba, a quem muita gente chama gata, Hélio Doyle arrumou as gavetas e foi embora. Renato, que por simplício se viu ejetado de uma futura cadeira antes mesmo de nela sentar-se, foi convidado a indicar os dois espécimes que comporiam a lista tríplice.
Confiante, Renato, que entende como poucos de terras produtivas de Brasília, sugeriu um nome. Mas – até hoje ele não entendeu –, foi dito que o espécime estava contaminado com o vírus da grilagem. Soube, então, que as tetas estavam marcadas. E conformado, jogou a toalha.
Dado o fato como consumado, a semente, radiante, exuberante, prestes a brotar, reuniu flores perfumadas no Primeiro, filial do Sudoeste. A festa foi regada a taças de Lafite, ao som de Geni. Quando a tonalidade verde dos olhos deu lugar ao vermelho da maçã, a bebida já era tequila.
Vinho e aguardente, uma mistura perigosa. A semente e as flores sorriam a cada brinde. A comemoração chegou ao conhecimento das alcovas de Águas Claras e de um suntuoso apartamento no Plano Piloto. O caldo começou a entornar. Tudo porque as confidências de Fabi foram ouvidas nas mesas ao lado.
Esse é o resumo de mais uma história das tetas da gata-loba onde Rômulo costuma mamar. A imperatriz e a primeira dama do gabinete não gostaram do que ouviram. A terra pode ficar árida na terça-feira, 7. Isso porque, como diria Chico Buarque, ela dá para qualquer um. Bendita Fabi.
José Seabra