Elaborar mesas de réveillon sempre agradou à consultora de estilo Virgínia Lamarco. “As minhas produções para a data sempre são cheias de simbolismos do que desejo para o próximo ano. No caso, quero que as pessoas tenham mais tempo para si e para se relacionarem, daí as ampulhetas. Desejo fartura, simbolizada pelos ramos de papirus, e sorte que só poderia ser representada pelos trevos de quatro folhas”, explica ela, ao apresentar sua mesa para o jantar da virada, que se transforma em palco de um brunch no primeiro dia do ano.
Como grande destaque, a presença de vários itens descartáveis, o que, fatalmente, colabora para a vida de qualquer anfitrião, desde que, não dispense um toque mais pessoal. “É importante que a decoração contenha peças da casa como taças ou talheres. Eles traduzem a personalidade de quem está recebendo”, diz.
E a carga simbólica da data continua e se amplia no brunch do dia seguinte. Os papirus viram arranjo em um vaso repleto de lentilhas e o sal grosso dá suporte para os mexedores de suco. “A ideia foi apresentar uma mesa mais descontraída para o primeiro dia do ano. Assim, ela permanece posta e quem for chegando, a qualquer hora do dia, pode se servir no seu tempo. Sem pressa, claro”, finaliza Virgínia que batizou sua criação de mesa Tempo.