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Revoltado com uma suposta propina, Anastasia quer ver tudo da Operação Lava Jato

O advogado do senador eleito Antônio Anastasia (PSDB-MG) pediu nesta terça 13 à Justiça Federal em Curitiba cópia do depoimento no qual um réu investigado na Operação Lava Jato afirmou que teria entregue R$ 1 milhão ao senador. Na petição encaminhada ao juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações, a defesa voltou a negar que o ex-governador tenha recebido qualquer valor oriundo do doleiro Alberto Youssef.

De acordo com reportagem divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 8 de janeiro, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho afirmou em depoimento à Polícia Federal que foi enviado a Belo Horizonte para entregar dinheiro a pedido de Youssef. Segundo o agente, a entrega foi feita em uma casa em Belo Horizonte, em 2010, a uma pessoa que não se identificou. Segundo o policial, o doleiro disse que a entrega era para o ex-governador.

“Não obstante o requerente negue peremptoriamente tal irresponsável insinuação, despiciendo discorrer sobre magnitude da repercussão negativa de um depoimento tal como posto, mormente quando requerente esteja tolhido, por absoluto desconhecimento dos termos das circunstâncias como depoimento foi prestado, da possibilidade de esclarecer os fatos  de forma cabal imediata, minimizando os danos da sua imagem”, disse a defesa.

Por determinação do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato, Jayme Alves foi afastado das funções de policial federal em novembro passado. De acordo com as investigações, Jayme prestava serviços ao doleiro na entrega de remessas de dinheiro. Ele é réu em uma das ações penais da operação e não fez acordo de delação premiada.

Em nota divulgada após a publicação da reportagem, Anastasia afirmou que nunca se encontrou com o policial e não conhece Alberto Youssef. “Em primeiro lugar, registro que não conheço este cidadão, nunca estive ou falei com ele. Da mesma forma não conheço, nunca estive ou falei com o doleiro Alberto Youssef. Em 2010, já como governador de Minas Gerais não tinha qualquer relação com a Petrobras, que não tinha obras no estado, ademais do fato de eu ser governador de oposição ao governo federal”, declarou.

André Richter, ABr
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