Para recuperar áreas verdes degradadas no Riacho Fundo II, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) plantou 5.550 mudas de 30 diferentes espécies do Cerrado, como ipê-amarelo e araçá.
A operação ocorreu em uma área de 3,5 hectares da região administrativa, como contrapartida pelo parcelamento do solo para a construção do Residencial Parque do Riacho, parte do programa Habita Brasília.
Prevista em lei, a compensação florestal é exigida de empresas ou órgãos cujos empreendimentos tenham impactos ambientais com a supressão vegetal. O processo de recuperação das áreas afetadas é definido pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) ao licenciar os projetos.
Depois que a obrigatoriedade legal é cumprida, o Ibram monitora o plantio por dois anos para verificar se as mudas continuam vivas.
“A compensação é para garantir as funções ambientais das árvores perdidas, como a infiltração de água no solo e a presença de fauna”, destacou o gerente de Gestão Florestal, Luiz Fernando Xavier da Silva.
Segundo ele, a área escolhida para o plantio, o Parque do Riacho Fundo, é de extrema importância, pois recupera a bacia hidrográfica do Riacho Fundo, que abastece o Lago Paranoá.
A compensação ambiental está prevista nos Decretos Distritais nº 14.783, de 1993, e nº 23.585, de 2003, que dispõem sobre o tombamento de espécies arbóreo-arbustivas e a forma como deve ser feita nos casos em que se mostra inevitável suprimi-las.
Para cada árvore derrubada, precisam ser plantadas 30 nativas. Se forem espécies exóticas, são dez novas para cada uma retirada.