A população do Estado do Rio de Janeiro segue preocupada com o crescimento dos casos de zika e de suas consequências, mas a dengue ainda é uma ameaça. Em janeiro e fevereiro foram registrados 21.652 casos da doença. No ano passado, os casos de dengue chegaram a 6.284 ocorrências nos dois primeiros meses do ano. O número de casos de dengue só fica atrás de 2008, 2012 e 2013. Porém, alguns especialistas alertam que os números podem estar superestimados, por causa da dificuldade em diferenciar os casos de dengue de zika e chikungunya.
“A gente está vivendo um período atípico que é a circulação concomitante de três tipos de vírus que são transmitidos pelo Aedes aegypti. Particularmente, a dengue e o vírus da zika apresentam quadros que podem ser muito semelhantes no início. Isso pode confundir na hora do diagnóstico e, consequentemente, na hora da notificação”, afirmou Alexandre Chieppe, subsecretário estadual de Vigilância em Saúde.
Autoridades afirmam que abril é, historicamente, o mês com o maior índice de contaminação. É um período que chove bastante, as temperaturas caem um pouco e o mosquito Aedes aegypti fica mais ativo.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que 30 municípios já sofrem com epidemia de dengue no Rio de Janeiro.
– Região Noroeste: Bom Jesus de Itabapoana, Cardoso Moreira, Italva, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula, Santo Antonio de Pádua e Varre e Sai;
– Região Serrana: Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Macuco, São Sebastião do Alto e Sumidouro;
– Região Médio Paraíba: Barra do Piraí, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Resende, Valença e Volta Redonda;
– Baixadas Litorâneas: Arraial do Cabo, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia;
– Região Centro Sul: Areal, Mendes, Paty do Alferes e Sapucaia;
– Região Norte: Conceição de Macabu.