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Rio de Janeiro registra metade dos roubos a encomendas dos Correios no Brasil

O Rio de Janeiro registrou metade dos assaltos a trabalhadores dos Correios ocorridos em todo o Brasil em 2015. Ao todo, foram registrados 5 mil roubos no país, dos quais 2.474 aconteceram na capital fluminense, gerando um prejuízo de mais de R$ 11 milhões, com 57.994 encomendas não entregues.

O levantamento foi apresentado pelo diretor regional dos Correios, Éverton Machado, durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (2). A sessão foi realizada em conjunto entre a Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor e o Cumpra-se, uma Comissão Especial criada para acompanhar o cumprimento das leis na Alerj.

Segundo Ronaldo Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, além dos prejuízos com as mercadorias, atualmente, cerca de 150 trabalhadores estão afastados por algum trauma decorrente de assaltos ou sequestros relâmpagos dos quais foram vítimas.

O diretor da regional explicou ainda que a violência dificulta o cumprimento da lei que prevê a disponibilização da encomenda no estabelecimento mais próximo ao endereço do consumidor em caso de impossibilidade de entrega da mercadoria.

O deputado Carlos Minc, que presidiu a audiência junto ao deputado Luiz Martins, disse, em nota, que fez uma vistoria na agência da Penha, na Zona norte do Rio, e encontrou pessoas que moram em áreas distantes dali tendo que ir buscar sua mercadoria.

Para acabar com essa situação, Éverton Machado afirmou que já existe uma força tarefa em parceria com a Polícia Militar do Rio que, nos últimos dois meses, conseguiu reduzir em 38% o número de assaltos, em comparação com o mesmo período de 2015. Além disso, novos Centros de Entrega de Encomendas (CEEs) serão criados e as instalações de unidades operacionais já existentes receberão melhorias.

Ação na justiça
A Alerj, através da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, ingressou com uma Ação Civil Pública, na Justiça Federal, contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em razão da má prestação dos serviços de manutenção postal, onde pede multa de R$ 20 mil por dia em que o serviço não for regularizado.

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