Para integrar onze museus e centros culturais do entorno da Praça XV, no centro do Rio de Janeiro, foi lançado o circuito Caminhos do Brasil-Memória. O evento ocorreu no Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e uma das atrações históricas do circuito.
O visitante pode retirar o Passaporte Cultural em qualquer equipamento do circuito para ser carimbado ao longo do roteiro, que inclui também o Paço Imperial, o Museu Naval, o Museu da Justiça, o Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (Incaer), o Centro Cultural Correios (CCC), o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a Casa França-Brasil, a Igreja Santa Cruz dos Militares, o Museu da Imagem e do Som (MIS) e o Museu Histórico Nacional (MHN). Dessas atrações, apenas o MHN normalmente é pago, com ingressos a R$10, mas estará com entrada franca para quem apresentar o passaporte.
O visitante que obtiver o carimbo dos onze museus do circuito terá entrada franca também no Espaço Cultural da Marinha, cujo ingresso custa R$ 12. Ali, ele pode conhecer o Navio-Museu Bauru; o Submarino-Museu Riachuelo; a Nau dos Descobrimentos; o helicóptero Rei dos Mares e o carro de Combate Cascavel. O passaporte com todos os carimbos também garante 50% de desconto no Aquário Marinho do Rio (AquaRio) e desconto aos fins de semana no Edifício Garagem Menezes Côrtes.
O subdiretor de Cultura da Alerj, Nelson Freitas, explicou que o objetivo do passaporte é incentivar, além da visitação museológica, o entretenimento aliado à produção de conhecimento visando gerar desenvolvimento econômico e identidade histórica.
“A gente pode enriquecer muito a vida das pessoas e tornar o centro um lugar muito interessante de se visitar e conhecer. Convidar as famílias a conhecer os museus e entender um pouco da sua memória histórica e construir esse vínculo permanente de pertencimento, vai ajudar muito na defesa do patrimônio público. Quando a gente tem identidade, a gente gosta, a gente defende”, disse.
Olhar específico sobre a história
Acrescentou que juntos os onze equipamentos guardam quase 500 anos de história, cada um com seu olhar específico. Com o projeto, Freitas acredita que outras parcerias serão firmadas com órgãos públicos para melhorar a oferta de serviços na região durante os fins de semana.
“A gente estava ali meio disperso, atuando de forma fragmentada e percebemos que todos ressentiam da ausência de público nos fins de semana. Precisávamos nos integrar melhor com a prefeitura para discutir melhor a prestação de serviços públicos ali, de mobilidade urbana, acessibilidade. Sobretudo segurança. E ali a cadeia produtiva de gastronomia está fechando nos fins de semana”, explicou.
Adiantou que a Alerj disponibilizou recursos para o Estado do Rio contratar mais 500 policiais militares pelo Regime Adicional de Serviço (RAS), com parte desse efetivo reforçando a segurança no circuito cultural do Centro Histórico.
Gastronomia
Nelson Freitas adiantou que pretende organizar um festival de arte, literatura e gastronomia envolvendo a região do circuito cultural para comemorar os 130 anos da República, dia 15 de novembro. Porém, os detalhes ainda não foram fechados.
Para o ano que vem, Freitas diz que mais quatro equipamentos integrarão o circuito Caminhos do Brasil-Memória Centro Histórico: o Centro Cultural da Saúde; a Santa Casa; o Convento do Carmo, que está sendo reformado e terá um tratamento específico para a função museológica, com biblioteca e bistrô, e o Centro Cultural da Justiça Eleitoral.
De acordo com ele, também estão sendo tratadas a criação de circuitos em outros locais, como o Caminhos do Brasil-Memória República, para integrar o Palácio Duque de Caxias, a Central do Brasil, o Arquivo Nacional, o Quartel do Corpo de Bombeiros, o Palácio Itamarty e o Centro Histórico Urca; e o Caminhos do Brasil-Memória Centro Histórico Porto, indo do Museu do Amanhã até o Cais do Valongo. O lançamento do circuito ocorreu no último fim de semana. Mais informações sobre o projeto no site do Palácio Tiradentes.