Fabiana Cambricoli
Prever complicações de doenças crônicas dias antes de elas acontecerem será cada vez mais possível e barato não somente pelos avanços da medicina, mas graças ao desenvolvimento da ciência da computação. É o que afirma Jack Kreindler, fundador do Centre for Health and Human Performance, centro britânico que usa a medicina esportiva para pensar em soluções para pacientes com doenças crônicas e graves.
O especialista apresenta projetos desenvolvidos por seu centro em parceria com empresas americanas que possibilitaram a criação de dispositivos que monitoram em tempo real indicadores de saúde de pacientes com doenças crônicas. Criando algoritmos que verificam quais índices podem indicar um enfarte ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), o paciente pode saber até cinco dias antes sobre o risco de ter uma complicação.
“Dez anos atrás, esse tipo de tecnologia custaria milhares de dólares por paciente, mas hoje custa muito pouco”, destacou.
O especialista ressaltou, no entanto, que, além da tecnologia necessária para usar dados para detectar e prever condições de saúde, é preciso ainda investir em assistência à saúde para que essas ferramentas não fiquem restritas a poucos.