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Robert Fico, premiê da Eslováquia pró-Rússia, é alvo de atentado a tiros

Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, foi alvo de um atentado nesta quarta-feira, 15. Ele levou três tiros e foi embarcado em um helicóptero com destino a um hospital de Bratislava, onde se encontrava para um ato político. Ele voltou ao cargo de premiê nas eleições do ano passado, fazendo uma campanha contra o fornecimento de armas para a Ucrânia e defendendo uma reconciliação com a Rússia. Fico e seu colega húngaro Viktor Orbán são os únicos líoderes europeus a se manifestarem abertamente contra a ajuda militar da Otan à Kiev.

O estado de saúde do dirigente eslovaco inspira cuidados, segundo o último boletim médico. O veterano político populista – líder do partido Direção – Social Democracia, acumulou uma longa lista de inimigos poderosos ao longo do seu tempo na política, segundo versão apresentada por diferentes analistas políticos europeus, conforme indicado:

Fico despertou a ira da Otan depois de prometer bloquear a entrega de armas à Ucrânia durante a sua última candidatura ao cargo. Fico também expressou insatisfação com o pacto de defesa de Bratislava com Washington, prometendo revisá-lo.

Fico expressou oposição fervorosa à adesão da Ucrânia à Otan e disse acreditar que a Rússia iniciou a sua operação militar como resultado da invasão desenfreada de neonazistas na Ucrânia.

Fico alertou que a assistência militar ocidental à Ucrânia apenas prolongará a crise e aumentará o número de vítimas, e acusou as forças estrangeiras de se intrometerem no conflito, que “poderia ter sido extinto logo no início”.

Fico acredita que as sanções anti-russas “afetaram negativamente” a vida dos eslovacos comuns.

Fico foi criticado pela mídia tradicional europeia como um análogo populista de esquerda do populista de direita húngaro Viktor Orbán, com os meios de comunicação fazendo todos os esforços para acusá-lo de “retrocesso democrático” e de “desprezar as normas europeias”, inclusive por causa de seu impulso para reformar o código penal.

O primeiro-ministro eslovaco também fez inimigos com poderosos interesses políticos e empresariais europeus, prometendo lançar um inquérito independente sobre as políticas autoritárias da era pandémica da UE.

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