Cutucada, de leve, de Roberto Amaral (ministro no primeiro governo de Lula) em cima de Fernando Haddad: Não é adequado, nem conveniente, o ministro da Fazenda do Brasil se permitir dissertar, em entrevista, sobre como deve se dar o processo eleitoral na vizinha Venezuela – país com o qual desejamos, assim entendo, normalizar relações. Será que todo membro do primeiro escalão do governo brasileiro pode, agora, se sentir à vontade para dar palpite sobre o sistema político dos EUA? Ou da China? Da Rússia? Ou, ainda, da Turquia, do Irã e da Arábia Saudita? Ou vamos naturalizar a noção de que de algumas nações amigas, decerto não todas, podemos tranquilamente puxar a orelha em público, para o gozo de folhas e pasquins?