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Robô da China vê indícios de erupção vulcânica milenar na Lua

robô explorador espacial chinês Yutu encontrou nove camadas no subsolo da lua, com indícios de múltiplos processos geológicos, inclusive erupções vulcânicas, informou nesta sexta-feira a agência oficial “Xinhua”.

Estes resultados preliminares, baseados nas medições realizadas pelo veículo espacial por meio de um radar introduzido no subsolo lunar, apontam que o satélite terrestre tem uma história geológica mais complexa do que se pensava.

Os responsáveis da missão atribuem a formação destas camadas aos antigos fluxos de lava e à erosão de rochas no regolito (um pó fino que cobre a superfície lunar) ao longo dos últimos 3,3 bilhões de anos aproximadamente.

“Pela primeira vez detectamos múltiplas camadas sob a superfície da lua”, disse o diretor do projeto, Xiao Long, professor da Universidade de Geociências de Wuhan, em declarações à “Xinhua”.

O cientista destacou uma das camadas, que se encontra entre 140 e 240 metros de profundidade, já que, segundo assinalou, é composta “provavelmente por rochas piroclásticas formadas durante o curso de erupções vulcânicas”.

“Isto revela a diversidade de atividade vulcânica, mas o que é mais importante é que mostra que há muitos conteúdos voláteis dentro da Lua”, destacou Xiao.

Desde sua alunissagem, o Yutu percorreu 114 metros seguindo uma rota em zigue-zague e parou apenas por problemas técnicos.

Durante esse período explorou a área onde se deteve com duas antenas com radares capazes de penetrar na crosta lunar até uma profundidade de 400 metros.

“Para compreender completamente a estrutura geológica lunar, sua composição material e sua formação, assim como sua evolução, ainda necessitamos de um grande número de explorações”, advertiu Xiao, que lembrou que “uma cooperação internacional efetiva é necessária considerando o alto custo destas operações”.

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