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Robôs vão invadir o mercado de trabalho. As crianças estão prontas?

Foto/Reprodução

Estudos realizados em todo o mundo vêm demonstrando que 47% dos empregos existentes hoje serão perdidos para robôs nos próximos 10 ou 20 anos. Isso significa que os jovens de terão profissões diferentes das já existentes, mas também mais interessantes, envolvendo produção de conhecimento e inovação.

Ter que se preparar para carreiras que ainda nem existem, porém, pode gerar um medo exagerado de insucesso e acabar levando a um preocupante quadro de ansiedade em crianças e adolescentes. É o que avaliam especialistas em educação.

Essa preocupação aumenta no período de volta às aulas, já que a escola apresenta um contexto de pressão e cobranças em que há regras a serem cumpridas, e conteúdos desconectados com essa nova realidade do aluno pode prejudicar sua avaliação.

O pensamento geral é o de que, especificamente em provas e vestibulares, até mesmo alunos com alto desempenho escolar podem ser afetados, pois a ansiedade interfere no nível de concentração e na capacidade de recordar ou de recuperar um conteúdo, ainda que a aprendizagem tenha acontecido.

O quadro hoje pode ser assim delineado:

Desempenho escolar e ansiedade
Alunos ansiosos geralmente não desenvolvem hábitos de estudo e, quando fazem, costumam se utilizar de estratégias ineficientes, estudando por mais tempo e com menos qualidade. A falta de aptidão para estabelecer as próprias metas, planejar, direcionar e monitorar seus esforços tem como consequência um baixo desempenho que, quando recorrente, pode levar ao fracasso escolar. Para a família, este cenário é bastante preocupante, pois tais alunos podem apresentar reações como impulsividade, agressividade, oposição, inquietude e retração que frequentemente geram conflitos em casa.

O desafio da família
Estudar é um trabalho que requer esforço não só de alunos, mas também dos pais, de quem se espera apoio e orientação. Um ambiente familiar favorável precisa fornecer motivação e valorização dos momentos de estudos, além de estrutura física adequada. É também imprescindível que a família entenda que a forma como se estuda é mais importante do que o tempo gasto no processo.

Desafios e dinâmica familiar
Para Júnior Pacheco, educador especialista em acompanhamento escolar há mais de 10 anos, é realmente um desafio para os pais encontrar suporte e orientação adequados: “Os pais se sentem sozinhos na tarefa de conciliar dinâmica familiar com todos estes desafios que se tornam ainda maiores quando se tem mais de um filho. A falta de orientação de qualidade à família é bastante comum e o suporte oferecido pela escola tradicional normalmente é ineficiente e inespecífico”. Com o propósito de preencher esta lacuna, educadores lembram que existem espaços educacionais especializados neste apoio à família, onde profissionais multidisciplinares oferecem auxílio para o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem personalizadas.

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