Marta Nobre
A Polícia Federal soltou neste sábado, 1, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Na sexta (30), o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator das ações da Lava Jato, mandou soltar o ex-assessor de Michel Temer, preso há mais de um mês na carceragem da PF em Brasília. Porém, como não havia tornozeleira disponível, a efetivação da liberdade só se deu nesta manhã.
A PF informou que não dispõe desse tipo de equipamento em suas unidades – próprio de órgãos penitenciários ou de segurança pública ostensiva. A tornozeleira eletrônica a ser usada por Loures será cedidada pelo estado de Goiás.
Além da tornozeleira, Loures deverá cumprir outras medidas cautelares, como recolhimento domiciliar, permanecendo em casa das 20h às 6h de segunda a sexta-feira, e durante todo o dia aos sábados, domingos e feriados.
O ex-deputado foi flagrado pela PF recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada nas informações da delação premiada dos executivos da JBS. Na decisão de ontem, Fachin entendeu que Loures pode responder às acusações em liberdade porque a denúncia contra ele já foi feita ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O ex-parlamentar foi denunciado no mesmo processo com o presidente Michel Temer.
Além disso, para Fachin, Loures deve receber os mesmos benefícios de outros investigados a partir das delações da JBS, como a irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, o primo deles, Frederico Pacheco, e o ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), Mendherson Lima. Todos ganharam direito de cumprir prisão domiciliar.