Rodoviários e cobradores que trabalhavam para a Riacho Grande fecharam a garagem da MCS, no Recanto das Emas e impediram a saída de 50 ônibus da companhia. De acordo com o grupo, eles estão com os salários atrasados e protestam na porta da garagem da MCS porque ela pertence ao mesmo grupo da Riacho Grande. A Polícia Militar estima que 50 trabalhadores participem do ato.
Duas viaturas da PM acompanharam a movimentação pela manhã. Os policiais afirmam que não houve registro de confusão e que só podem retirar o ônibus da frente da garagem mediante ordem judicial. Os ônibus da MCS fazem a linha circular no Recanto das Emas.
O diretor-geral do DFTrans, Jair Tedeschi, disse que a empresa parou de operar há duas semanas e foi substituída pela Piracicabana. A Riacho Grande cuida, agora, apenas do transporte de deficientes para instituições de ensino. Para isso, fornece quatro veículos.
“Como a Riacho saiu do sistema, eles disseram que iam dar baixa na nossa carteira para gente ir para Piracicabana. Mas eles não querem pagar nossos salários e estão nos obrigando a pedir demissão para não pagar nossos direitos”, disse o motorista Davi Carlos.
Os trabalhadores afirmam que a empresa alega que não tem dinheiro porque o GDF não fez o repasse de subsídios e do vale-transporte. “É desumano. Você trabalha dois meses para não receber. Tem gente com criança pequena, gente sendo despejado de casa, com pensão atrasada”, afirmou o rodoviário Marcos Vinicius Santos.
O grupo afirmou que vai permanecer no local até a liberação do repasse. O DFTRans declarou que a Riacho Grande não tem capacidade para operar porque não ter dinheiro em caixa para pagar funcionários. O órgão disse ainda que o GDF estuda uma forma de substituir a empresa no transporte de deficientes.