Uma greve dos rodoviários pegou de surpresa o brasiliense no fim da manhã desta quarta-feira 27.A paralisação, programada das 11 às 15 horas, levou o caos às vias de Brasília e das cidades satélites. A categoria cobra reajuste de 20% nos salários e 30% no tíquete alimentação.
Segundo o sindicato da categoria, a paralisação atinge os 12 mil trabalhadores das cinco empresas que operam o sistema de transporte coletivo da capital. O sindicato estima que 1 milhão de passageiros são prejudicados com a paralisação.
O diretor de comunicação do sindicato, Marcos Duarte, afirmou que o salário de um motorista de ônibus é R$ 1.928 e o de um cobrador, R$ 1.008. “Houve quatro reuniões com os empresários para negociações e eles não apresentaram nenhuma proposta. Eles têm que apresentar propostas”, disse. “Com essa paralisação queremos avisar a população que no domingo faremos uma assembleia com indicativo de greve geral.”
O cobrador Paulo da Sílvia, de 46 anos, afirmou que o salário dos rodoviarios está defasado. “Estamos recebendo bem menos do que antes e [a gente] começa a sentir no bolso, na parte financeira da casa, as contas ficam apertadas”, disse. “Eles não querem negociar com os rodoviários, então a gente tem que fazer isso. Se não negociar é capaz da gente nem voltar hoje”, afirmou.
Por causa da paralisação, a fila do metrô dá voltas na estação Central. A professora Patrícia Rosa, de 30 anos, afirmou que iria pegar um ônibus para o trabalho, mas que agora vai ter que enfrentar a fila para chegar na Asa Sul. “Foi uma surpresa. Ninguém esperava e agora vem todo mundo para o metrô. Tenho horário para estar no trabalho e vou ter que descer na 14 e andar até a 16 Sul. É um absurdo.”
Da Redação com o G1