A deputada Eliana Pedrosa (PPS) e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) começaram a alinhavar nesta quarta-feira 16 uma aliança para as eleições de outubro. Os dois são presidentes regionais das legendas e seguem orientação dos presidentes nacionais (Eduardo Campos, presidenciável pelo PSB e Roberto Freire, que apoia a candidatura do socialista). Os dois lados pregam a união de forças para tirar o PT do poder.
O encontro foi na Confeitaria Praliné, na Asa Sul, regado a um café puro e misto quente. A conta girou em torno de 60 reais, para seis pessoas. Um rapaz de óculos, trajando esporte, sentado ao lado de Eliana Pedrosa, se encarregou de pagar a despesa, a contragosto de Rollemberg.
Embora ausente da reunião, o deputado Antônio Reguffe (PDT) aposta todas as fichas em um acordo entre PPS e PSB. Na avaliação do parlamentar, que saiu na frente e apoiou o nome de Rodrigo Rollemberg para disputar a cadeira de Agnelo Queiroz (PT), as forças progressistas devem estar unidas para recuperar o tempo que Brasília perdeu nos últimos quatro anos.
Durante o café não se falou em cabeça de chapa. O que foi possível ouvir de uma mesa próxima é que até junho, prazo limite para as convenções partidárias, o acordo estará fechado. A única certeza é que PDT, PPS e PSB estarão juntos nas eleições de outubro, compondo a chapa majoritária. Porém, só o tempo dirá quem será governador, vice e senador nessa coligação.
Ao manifestar apoio a Rollemberg, há pouco mais de 15 dias, Reguffe sinalizou que não pretende encabeçar a chapa. Entretanto, ele pode rever essa posição e atender a um pedido de Marina Silva, vice na chapa de Eduardo Campos. Nesse caso, Rollemberg seria o vice e Eliana Pedrosa disputaria o Senado.
Rebeca Seabra, com colaboração de Felipe Meirelles