Marta Nobre, Edição
Rodrigo Maia (Democratas, Rio de Janeiro), foi eleito em segundo turno nos primeiros minutos desta quinta, 14, presidente da Câmara dos Deputados. Ele teve 285 votos, contra 170 para Rogério Rosso (PSD-Brasília). Foram registrados 5 votos em branco. De um universo de 513 parlamentares, 53 estiveram ausentes.
O mandato de Maia será tampão, até 31 de janeiro de 2017. A eleição foi precipitada pela renúncia ao cargo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado há dois meses do mandato por decisão do STF. Nesse período, a Câmara vinha sendo comandada pelo vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA).
No primeiro turno, Maia teve 120 votos, contra 106 de Rosso. O terceiro colocado foi o ex-ministro Marcelo Castro (PMDB-PI), com 70 votos.
Ao discursar pela segunda vez, Rodrigo Maia deu um tom emocional à sua fala. Ele lembrou que, quando era adolescente, acompanhava as discussões da Assembleia Constituinte, nos anos 1980. Maia citou como exemplo de deputados constituintes, incluindo até o petista José Genoino, condenado no processo de mensalão, os tucanos José Serra e Mário Covas, o peemedebista Ulysses Guimarães, e seu pai Cesar Maia. O PT é adversário histórico do DEM, partido de Maia.
“Só de chegar aqui para mim já é uma grande vitória. Nós vamos governar essa Casa juntos. Nós vamos devolver a soberania ao plenário”, afirmou Maia. “Vamos trabalhar para acabar com o império dos líderes. Os líderes são fundamentais, mas não podem ser os únicos a terem a palavra”.